CNI lança ferramenta interativa sobre o perfil da indústria brasileira

17 de julho de 2019

Página apresenta, de forma gráfica, dados gerais sobre esse setor que responde por 21,6% do PIB e 70,8% das exportações. Informações, agrupadas em seis temas, são atualizadas constantemente

Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou a página Perfil da Indústria Brasileira. Trata-se de uma ferramenta interativa que apresenta, de forma gráfica, dados gerais da indústria brasileira. As informações estão agrupadas em seis temas: produção; emprego; comércio exterior; tributos; inovação e produtividade; e indústria brasileira no mundo.

Os dados são constantemente atualizados, a partir de números do governo, instituições de pesquisa e da própria CNI, e buscam apresentar um panorâma da indústria brasileira. O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica que o objetivo da ferramenta é “difundir o conhecimento sobre a Indústria Brasileira, por meio da consolidação e disponibilização das diversas estatísticas sobre a indústria, em uma maneira que todos tenham acesso, sem necessidade de ser especialista no tema. É mostrar como a Indústria faz a diferença e impacta a economia brasileira.”

Uma análise dos números que constam do Perfil da Indústria Brasileira mostra, por exemplo, que a participação da indústria no PIB brasileiro, que já esteve em 48% em 1985, caiu para 21,6% em 2018. No caso da indústria de transformação, o percentual de 2018 é o mais baixo da série que se inicia em 1947: 11,3%.

Motor do crescimento

O gerente-executivo ressalta que, apesar da perda de participação no PIB, a indústria continua sendo crucial para a economia brasileira. Essa importância, afirma, permanece no papel da indústria como motor do crescimento econômico e pelo impacto positivo que ela traz para todos os outros setores da economia.

Um dos principais determinantes da importância da indústria para a economia brsileira é o seu efeito multiplicador. “Um aumento da produção industrial gera um aumento ainda maior na economia como um todo, devido ao aumento na demanda por bens intermediários e, consequentemente, na produção na agropecuária, no setor de serviços e na própria indústria”, afirma Fonseca.

Para se ter ideia, um aumento de R$ 1,00 na produção industrial se multiplica pela produção da própria indústria e dos demais setores da economia e gera outros R$ 1,40, totalizando uma aumento de R$ 2,40 no PIB. Na agropecuária, o efeito final no PIB seria de R$ 1,66 e, nos serviços, de R$ 1,49.

Os números mostram ainda que, ainda que represente 21,6% do PIB, a indústria responde por 70,8% das exportações de bens e serviços, 67% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e 34,2% dos tributos federais.

A indústria emprega 9,4 milhões de brasileiros formalmente — o que representa 20,3% dos empregos formais no país – e paga melhores salários. O salário de um trabalhador com o ensino médio completo é de R$ 2.073, no Brasil. Na indústria, ele recebe R$ 2.359. Quem possui o ensino superior tem salário médio de R$ 7.734 na Indústria, enquanto a média brasileira é de R$ 5.676.

 

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