Facisc pede a parlamentares parcelamento ou prorrogação de obrigações para empresas afetadas pela greve

6 de junho de 2018



Convidadas pelo coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Jorginho Mello, lideranças catarinenses reuniram-se nesta segunda-feira (04/6) para discutir propostas para minimizar os impactos sofridos por Santa Catarina com a paralisação dos caminhoneiros.

A reunião foi realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e contou com a participação de representantes de federações empresariais que integram o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM), deputados, senadores, representantes da FECAM e secretários de Estado que atuaram no comitê de crise do governo catarinense.

O Sistema FACISC foi representado no encontro pelo presidente Jonny Zulauf, pelo representante do Conselho Superior, Alaor Tissot e pelo presidente do Cejesc, Antônio Carlos Guimarães Neto.

No encontro, os representantes relataram os impactos e prejuízos que a paralisação dos caminhoneiros causou em cada um dos setores da cadeia produtiva. Em levantamento realizado pela Fiesc com 905 empresas industriais, quase metade delas estimam prejuízos de pelo menos 20% do faturamento mensal.

O presidente Jonny Zulauf relatou as cobranças recebidas de diversos setores, destacando o agronegócio como um dos pontos mais dramáticos afetados pelo movimento. “Fomos cobrados para buscar uma solução junto ao governo e o que o Estado precisa agora é ter condição de suportar os reflexos das paralisações com seriedade”, declarou.

Jonny Zulauf também propôs parcelamento ou prorrogação, em 60 dias, dos prazos de recolhimento do ICMS apurado e declarado referente aos meses de abril e maio, e o parcelamento de contas de energia elétrica junto a CELESC, como forma de ajudar as empresas, endossando em nome do Sistema pedido já solicitado pela regional Alto Vale.

E ainda apoiou o pedido feito pelo presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, que sugeriu a criação de linhas de crédito especiais em parceria com o BRDE e Badesc.  “Clamamos por providências e não foram tomadas, por isso agora é mais viável que o Estado também assuma as responsabilidades, pois o micro e pequeno empresário precisa ter crédito”, declarou Zulauf.

Na ocasião foi definido que o COFEM vai elaborar uma proposta com sugestões e encaminhar ao Fórum. Entre elas devem constar proposições relativas à facilitação de acesso ao crédito e postergação de recolhimento de tributos.

O deputado federal Jorginho Mello disse que a medida do governo federal de reduzir o preço do óleo diesel pode gerar aumento de tributos para cobrir esse custo. “A preocupação é que não se cobre mais de quem produz e trabalha nesse Brasil”, declarou, defendendo que seja colocada em pauta a reforma tributária. “Seria o momento de pautar”, afirmou, observando que o tema foi sugerido ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. “O objetivo aqui é ouvir e ver como os deputados e senadores da bancada catarinense podem ajudar para que não aumente o desemprego e onere a carga tributária”, disse.

Presentes na reunião, o deputado Esperidião Amin, a deputada Carmen Zanotto e os senadores Dario Berger, Dalirio Beber e Paulo Bauer também expuseram suas avaliações e trouxeram a questão para a realidade nacional.

Além da FACISC, o COFEM é integrado pelas federações empresariais da indústria (FIESC), comércio (FECOMÉRCIO), Agricultura (FAESC), Transportes (Fetrancesc), das CDLs (FCDL) e das micro e pequenas empresas (Fampesc).