Apenas 2 em cada 10 pais adotam mesada e a maioria para estimular a prática de educação financeira na infância

11 de outubro de 2016



A adoção de mesadas ou semanadas não é uma prática da maioria dos lares. De acordo com sondagem da Boa Vista SCPC, feita com 696 pessoas de todo o Brasil sobre Educação Financeira na Infância, apenas 17% dos pais costumam dar mesadas aos filhos. Desse universo, 63% buscam estimular a prática da educação financeira na infância, 21% o fazem para provimento de lanche ou alimentação e 16% como forma de recompensa.

Ainda quando questionados sobre a educação financeira dos filhos, 88% dos entrevistados acreditam ser muito importante que as crianças recebam a orientação de como lidar com o dinheiro, ou seja, consideram fundamental ensiná-las a usar com responsabilidade o dinheiro desde pequenas.

Os consumidores também foram questionados se têm o hábito de poupar para as crianças. 42% responderam que sim. Em 2015, o percentual foi de 49%, uma diminuição de 7p.p. (pontos percentuais). Destes, sobe de 38% para 57% o percentual daqueles que poupam até R$ 50 por mês.

Em 82% dos casos, segundo a sondagem da Boa Vista SCPC, o motivo é apoiar os filhos na educação (estudos, faculdade e cursos extras), contra 63% registrados no ano de 2015. Questionados se utilizariam os recursos poupados para os filhos em uma emergência financeira, 60% dos consumidores afirmam que recorreriam a estas aplicações e, destes, 56% utilizariam todo o recurso aplicado.

A pesquisa da Boa Vista SCPC também perguntou se os consumidores substituiriam o “tradicional presente” por um presente em forma de aplicação financeira e 53% responderam que não. Os outros 47% deles substituiriam, e nesses casos é a poupança a principal opção, com 67% das menções.

Regiões do país

No Sudeste, ainda de acordo com a pesquisa da Boa Vista SCPC, 90% dos consumidores entrevistados acreditam ser muito importante que as crianças saibam lidar com o dinheiro. Na comparação entre as diferentes regiões do país, o Sul aponta maior percentual entre aqueles que costumam dar mesada ou semanada às crianças, com 20% das menções, contra 18% no Sudeste.

Com exceção da região Centro-Oeste, onde o principal motivo da mesada é prover recursos para a alimentação, nas demais regiões os consumidores adotam esta prática com o intuito de ensinar as crianças a lidarem com o dinheiro; na região Sul (77%), Nordeste (73%) e Sudeste (58%).

No Sudeste, 62% dos consumidores recorreriam aos recursos poupados para os filhos em uma situação de emergência financeira. 52% deles utilizariam todos os recursos e 48% apenas parte deles. Quando questionados se substituiriam o presente do Dia das Crianças por dinheiro, 55% dos consumidores no Sudeste disseram que não. Entre os que fariam a troca (45% deles), 68% presenteariam com uma aplicação na poupança.

Classe social

Por classe social, 22% da classe C costumam dar mesada ou semanada às crianças. Nas classes D/E este percentual cai para 12%. Já nas classes A/B, 50% dos respondentes afirmam que têm o hábito de dar mesada ou semanada às crianças.

Em 89% dos casos da classe C, a mesada é direcionada para os filhos. Estes também são a maioria nas classes A/B (86%) e DE (84%). 73% da classe C adotam a prática da mesada com o intuito de ensinar as crianças a lidar com o dinheiro. Nas classes A/B (55%) e D/E (54%) este motivo também lidera a iniciativa.

Quando o assunto é aplicação, a poupança é a modalidade de investimento mais usada com 65% das menções. Ainda de acordo com a pesquisa da Boa Vista SCPC, prevalece entre os consumidores das classes C e D/E o hábito de poupar valores de até R$ 50 por mês para os filhos.

Em uma situação de emergência financeira, 53% dos consumidores da classe C afirmam que recorreriam aos recursos poupados para os filhos. E 50% deles dizem que utilizariam todos os recursos. Perguntados se substituiriam o presente tradicional por uma aplicação financeira, mais de 50% dos consumidores dizem que não. Por outro lado, entre os que fariam, 53% deles nas classes A/B presenteariam com previdência privada. 69% nas classes D/E e 72% na classe C fariam com aplicação em poupança.

Perfil dos respondentes

Na sondagem da Boa Vista SCPC, feita especificamente para identificar a intenção de compra dos brasileiros para o Dia das Crianças 2016, 73% dos consumidores concentram-se na faixa etária entre 25 a 44 anos. Quanto ao estado civil, 48% dos consumidores são casados. 60% representam as Classes D/E, 35% a Classe C e 5% as Classes A/B. 68% concentram-se na região Sudeste e, destes, 50% estão em São Paulo.

 

Fonte: Boa Vista SCPC (Comunicação)