Empregadores e trabalhadores entregam ao governo resultado da negociação do novo mínimo regional

25 de janeiro de 2018

Governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, recebeu representantes das entidades na manhã desta quinta-feira (25), em Florianópolis

Representantes das federações empresariais e de centrais sindicais laborais de Santa Catarina entregaram ao governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, a proposta de consenso para a atualização do piso mínimo regional catarinense, durante encontro nesta quinta-feira (25), em Florianópolis. O próximo passo é encaminhar o projeto de lei à Assembleia Legislativa. Os pisos acordados para as quatro faixas foram de R$ 1.110, R$ 1.152, R$ 1.214 e R$ 1.271. O índice médio de reajuste foi de 2,95%. Os novos valores foram acordados no último dia 18.

“Santa Catarina é o único Estado do Brasil em que o entendimento sobre a atualização do piso regional é feito entre trabalhadores e empresários. É o oitavo ano consecutivo que chegamos a um acordo. Neste ano, a atualização está baseada na variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo) e a base para esse entendimento, sem dúvida, é a confiança e o propósito de ambas as partes em fazer o que é possível e o que é bom para trabalhadores e empresários”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

“Santa Catarina, mais uma vez, dá um exemplo de maturidade nessa relação entre a classe patronal e os trabalhadores, e isso é reflexo do que o nosso Estado está demonstrando nesse período tão difícil para o País, a estabilidade jurídica, a sociedade ajudando o governo a superar os desafios”, declarou Pinho Moreira.

O diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (FECESC), Ivo Castanheira, ressaltou a importância das negociações. “Um dos pedidos que normalmente fazemos e que neste ano gostaríamos que fosse igual é que o projeto seja encaminhado em regime de urgência à Assembleia Legislativa”, sugeriu.

Entre os representados na negociação, realizada no dia 18 de janeiro, estiveram pelo lado empregador: FIESC (Federação das Indústrias de SC); FAESC (Federação da Agricultura); FECOMÉRCIO (Federação do Comércio), FETRANCESC (Federação das Empresas de Transportes de Cargas) e Federação dos Hospitais (FEHOESC). Representaram os trabalhadores: FECESC, FETIESC, FETIAESC, Força Sindical, Nova Central dos Trabalhadores, UGT, CUT, FETAESC e Dieese.

Veja abaixo as faixas que compõem o mínimo regional:

Piso atual Piso proposto
Primeira faixa R$ 1.078,00 R$ 1.110,00
Segunda faixa R$ 1.119,00 R$ 1.152,00
Terceira faixa R$ 1.179,00 R$ 1.214,00
Quarta faixa R$ 1.235,00 R$ 1.271,00

Trabalhadores que integram as quatro faixas do mínimo regional catarinense:

Primeira faixa:
a) na agricultura e na pecuária;
b) nas indústrias extrativas e beneficiamento;
c) em empresas de pesca e aquicultura;
d) empregados domésticos;
e) em turismo e hospitalidade; (Redação da alínea revogada pela LPC 551/11).
f) nas indústrias da construção civil;
g) nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
h) em estabelecimentos hípicos; e
i) empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.

Segunda faixa: 
a) nas indústrias do vestuário e calçado;
b) nas indústrias de fiação e tecelagem;
c) nas indústrias de artefatos de couro;
d) nas indústrias do papel, papelão e cortiça;
e) em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
f) empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
g) empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e
h) nas indústrias do mobiliário.

Terceira faixa:
a) nas indústrias químicas e farmacêuticas;
b) nas indústrias cinematográficas;
c) nas indústrias da alimentação;
d) empregados no comércio em geral; e
e) empregados de agentes autônomos do comércio.

Quarta faixa:
a) nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
b) nas indústrias gráficas;
c) nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
d) nas indústrias de artefatos de borracha;
e) em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
f) em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
g) nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
h) auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
i) empregados em estabelecimento de cultura;
j) empregados em processamento de dados; e
k) empregados motoristas do transporte em geral.
I) empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Fiesc