Facisc avalia liberação dos recursos do Pronampe como fundamental

2 de setembro de 2020



Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 (comparado ao primeiro trimestre de 2020), e em relação a igual período de 2019, o PIB caiu 11,4%, o Governo divulga a nova fase de liberação dos recursos do Pronampe, programa de empréstimos a micros e pequenas empresas com garantia de 85% do Tesouro, criado no conjunto de medidas lançadas pelo governo para amenizar os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

Para o presidente da Facisc, Jonny Zulauf, esta notícia do Pronampe vem em boa hora. “É fundamental que esses recursos sejam ampliados para o empresariado, principalmente para os empresários de micro e pequenas empresas, que são tão carentes nesses momentos difíceis. Para compensar e permitir a retomada, estes recursos são essenciais para ajudar a toda a economia catarinense e do Brasil”, explica

PIB
Ambas as taxas, divulgadas pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O economista da Federação, Leonardo Alonso Rodrigues, explica que essa queda já vinha sendo esperada. “Foram os meses de maiores impactos sobre a atividade econômica e ela se revelou com a divulgação do fato neste momento. Esta queda também se refletiu no estado, que teve, segundo índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil, uma queda de 6,2% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2020, e uma queda de -8,9% se comparado o segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”, detalha.

A Facisc ressalta que o momento é delicado, mas que é necessário se considerar que se desenha um movimento de recuperação, e sobre Santa Catarina, os indicadores recentes indicam tal movimento”.

Pronampe
A partir de hoje, 1º, o governo aportará mais R$ 12 bilhões e, com a contrapartida das instituições financeiras, será possível emprestar R$ 14,1 bilhões no total. A expectativa é atender mais de 160 mil empresas.

A nova fase terá mudança no teto do empréstimo que cada empresa pode obter, que será no máximo de R$ 87 mil. Como na primeira fase, o limite de valor é o correspondente a 30% do faturamento da empresa em 2019.

A taxa de juros anual cobrada no Pronampe é de 1,25% mais a taxa Selic, o que corresponde a juros de 3,25% ao ano. Devido à grande procura, a expectativa é que os recursos terminem em uma ou duas semanas.

Quem pode participar?

O Pronampe está disponível para as micros e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (quatro milhões e oitocentos mil reais), considerando a receita bruta apurada no exercício de 2019.