Indústria puxa retomada em 2020, mas reformas e controle fiscal condicionam crescimento em 2021

A indústria de Santa Catarina puxou a retomada da economia em 2020, principalmente a partir de agosto, e tem registrado desempenho superior à média brasileira em muitos indicadores, destacou o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. Ele conversou com jornalistas, nesta quarta-feira, dia 9, e salientou que a indústria catarinense liderou a retomada do emprego. As vagas fechadas de março a maio foram recuperadas no período de junho a outubro e no acumulado do ano até outubro o setor de transformação e a construção civil registram saldo positivo de 33,6 mil vagas. “A resiliência do industrial catarinense e as medidas governamentais permitiram uma recuperação muito mais rápida do que se esperava no início da pandemia”, afirmou Aguiar.

Ele ressaltou que a recuperação ocorre em diferentes velocidades entre os setores, mas, no geral, a indústria apresenta taxas de crescimento maiores do que as demais atividades. “Um conjunto de fatores explica esse comportamento, como a adaptação aos protocolos de segurança, rápida retomada da atividade industrial e o auxílio de medidas do governo federal, como a MP 936, que teve grande aderência por parte da indústria catarinense, que firmou 363 mil acordos. Esse número corresponde a 43,5% do total de acordos do estado”, explica.

Dados do Observatório FIESC mostram o elevado nível de confiança do industrial catarinense que alcançou 66,5 pontos em novembro (a média do país foi 62,9 pontos) e a maior intenção de investir da série histórica, com 74 pontos em setembro, contra 59,3 pontos da média nacional. “A rápida retomada do consumo e da economia como um todo surpreenderam o industrial que precisou fazer rápidos ajustes para a retomada da produção. O efeito dessa recuperação repercutiu no maior índice de intenção de investir de toda a série histórica da pesquisa para Santa Catarina”, observa Aguiar, lembrando que, por outro lado, a surpreendente retomada desorganizou cadeias produtivas e trouxe desafios como falta de matérias-primas e pressão nos preços.

O faturamento é outro indicador que apresenta setores com recuperação, como é o caso de alimentos e bebidas que cresceu (23,4%) de janeiro a outubro na comparação com o acumulado de 2019, conforme dados da Secretaria da Fazenda. No mesmo período, outras atividades registraram expansão, como equipamentos elétricos (17,8%), madeira e móveis (7,3%), celulose e papel (7,9%) e fármacos e equipamentos de saúde (33,6%). “A análise mostra que, como consequência das medidas de isolamento social, o padrão de consumo da população brasileira mudou. Aumentaram as compras de alimentos e bebidas e isso se refletiu nas vendas deste setor, que registrou o melhor desempenho entre os avaliados. Com a população passando mais tempo em suas casas, também cresceu o mercado de itens como eletrodomésticos e móveis e madeira”, disse o presidente da FIESC.

O comércio exterior catarinense tende a fechar o ano negativo. De janeiro a novembro, as exportações registram queda de 9,4% e as importações diminuíram 9,1% em comparação com o mesmo período no ano passado. A alta do dólar, a crise do coronavírus no mundo e as distorções nos preços ocasionados pelo descompasso entre demanda e oferta de diferentes setores foram as principais causas para o resultado. Ainda assim, observa-se certa constância nos setores exportadores tradicionais, com expansão das vendas externas de suínos e madeira e móveis.

“Apesar de a indústria caminhar para a recuperação das perdas por conta da pandemia, há desafios no horizonte que exigem cautela para manter o nível de crescimento em 2021, como o controle do endividamento público, o reequilíbrio do fornecimento de insumos, as reformas estruturantes, o fim do auxílio emergencial e a demora para a chegada da vacina”, observa Aguiar.

Pontos de atenção que vão influenciar no crescimento em 2021:

Fim do auxílio emergencial: não está claro qual será o impacto do fim do auxílio emergencial no consumo e se a economia terá condições de manter a taxa de crescimento sem ele. Por isso, os fatores listados abaixo serão fundamentais:

Controle de endividamento público: o controle dos gastos públicos é uma condição importante para manutenção do fator de risco de investimento no Brasil, refletindo na manutenção da baixa taxa de juros.

Manutenção da baixa taxa de juros: uma baixa taxa de juros é condição necessária para um melhor acesso à crédito e estímulo de investimentos.

Reformas estruturantes: O avanço das reformas é condição fundamental para diminuir o grau de incerteza sobre a economia brasileira e iniciar uma trajetória de crescimento econômico mais sustentável.

Reequilíbrio do fornecimento de insumos: o reequilíbrio de fornecimento de insumos terá impacto nos preços, levando os valores para um nível normal de mercado e eliminando a falta de insumos em diferentes cadeias produtivas.

Demora para chegada da vacina: A chegada da vacina contra o coronavírus vai ser condição essencial para uma melhora da economia. Um dos importantes desafios está em construir uma estrutura de distribuição dela para a população.

FIESC

Encontro abordou o futuro da empregabilidade em Rio Negrinho

O futuro da empregabilidade em Rio Negrinho foi o tema do encontro que aconteceu na ACIRNE, na segunda-feira, 07. A realização foi do Núcleo de Gestores de Recursos Humanos e Sindicom.

A realização de capacitações específicas e fortalecimento de projetos para iniciar no mercado de trabalho, com aulas práticas, foram alguns temas tratados.

Novas placas de sinalização turística

Chegaram mais placas de sinalização turística em Rio Negrinho. A colocação segue nos próximos dias, destacando diversos locais na região, potencializando a atividade turística e fortalecendo o setor. ⁣

Este projeto organizado pelo Núcleo de Turismo da ACIRNE, conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo.⁣

Coordenadores de núcleos realizam capacitações

Iniciou no dia 08, um ciclo de capacitações para os Coordenadores de Núcleos. O primeiro tema foi “Comunicação assertiva/gestão de conflitos” com Emanuelle Joaquim, Professora de Pós-graduação na Faculdade SENAI. ⁣

Na quarta-feira, 09, o assunto abordado foi “ODS ́s, compliance e ética”, com Adelita Adiers, Coordenadora de Projetos Especiais da FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina.

E no último dia, quinta, 10, encerrando o programa, acontece a capacitação sobre “Gestão estratégica de núcleos” com Adriano Hübner, Gerente Executivo da ACIRNE e Consultor do Empreender e Gil Monteiro Goulart, Supervisor de Projetos do Programa Empreender Facisc.

A organização deste ciclo de capacitação foi do Conselho dos Núcleos e ACIRNE.⁣

FACISC lança Manual de Compliance Associativista

No dia em que celebramos o Dia Internacional de combate a corrupção, um dos compromissos da agenda 2030 e também assumido pela Facisc, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina lança o Manual de Compliance Associativista.
O objetivo é fortalecer a cultura de integridade e compliance no âmbito associativista e trazer por meio de uma linguagem acessível, alguns dos principais quesitos a serem observados pelas associações empresariais na implementação, adequação ou melhoria de seus programas ou processos relacionados ao tema. “A ferramenta foi especialmente pensada para o nosso Sistema em uma linguagem simples para contribuir para o fortalecimento da cultura de integridade nos negócios e nas relações das entidades”, explicou a coordenadora de projetos especiais e que conduziu a construção da obra, Adelita Adiers.

 

O material foi organizado de forma colaborativa pelos Comitês de Sustentabilidade e Jurídico, na mais expressiva essência do voluntariado que move a federação. “Essa entrega será somada a outros processos e mobilizações já realizados pela Facisc e as Acis. Mas mais importante que criar regras é consolidar valores”, ressaltou Adelita.

 

Voluntária na construção do documento, a advogada da assessoria jurídica da Facisc, Juliana Galtieri, explanou rapidamente alguns dos principais pontos abordados na obra. “Vivemos hoje um momento que trouxe um aumento do volume de riscos para o empresariado devido à pressão da crise mundial e do aumento das desigualdades sociais e isso provoca uma insegurança para as empresas se devem ou não investir suas receitas em uma área como o compliance. Mas as empresas que deixam de investir acabam se enfraquecendo neste cenário de crise mundial. No caso da associação o compliance permite se antecipar e identificar os riscos permite que evite perdas que possam prejudicar o seu sucesso.”, destacou.

 

“Pensamos em um documento voltado aos gestores das Acis para que possam dentro das suas limitações implementar um programa de compliance não para mostrar para os outros mas para permitir que tenham melhores resultados. Listamos nove pilares da maneira mais didática possível, como por exemplo o código de conduta”, declarou o também voluntário na construção do documento, o advogado da ACI de Concórdia, Gabriel Dal Piaz.

 

De acordo com a advogada da ACI de Chapecó e também voluntária, Márcia Bonamigo o material pretende atender as dificuldades das ACIS. “A pretensão não foi criar um manual apenas para Acis mais estruturadas, mas sim a toda e qualquer Aci e deixar caminhos e subsídios para buscarem mais informações. Neste sentido, destaco o pilar  do Duo diligence pois é neste que Aci encontrará terreno fértil para implantar o compliance”, declarou.

 

Também colaboradora no processo, a advogada da ACI de Maravilha, Ceni de Marco falou sobre a importância da comunicação e do treinamento. “De nada adianta elaborar as ferramentas de compliance se não houver comunicação e treinamento para que a conduta que se deseja seja efetivamente levada adiante”.

 

Superintendente institucional da Facisc, Gilson Zimmermann, ressaltou a importância  do primeiro passo para se iniciar o processo de implantação de compliance. “Demos o primeiro passo e hoje deixamos mais um legado para o Sistema associativista”, ressaltou.

 

O presidente eleito da Federação, Sérgio Rodrigues Alves, também prestigiou o lançamento, parabenizou pelo trabalho e ressaltou que compliance é um dever de todos. “Temos que construir uma cultura mais ética dentro da nossa atividade e em torno do principio ético do respeito, que particularmente sempre tive na minha vida profissional. Criamos um valor para nossos associados. É um diferencial forte que criamos dentro da Facisc e pilares como a transparência são um dever de todos nós, pois queremos assegurar a perpetuação das associações”, concluiu o presidente.

 

 

O lançamento foi transmitido no CANAL FACISC, no Youtube www.youtube.com/FACISC  e ainda está disponível para quem desejar assistir e o documento pode ser acessado no site na Federação no link https://www.facisc.org.br/publicacoes/

Mais um ano Facisc é reconhecida na Alesc por suas boas práticas

A Assembleia Legislativa promoveu na noite desta segunda-feira (7) sessão especial para premiar os vencedores da 10ª edição do prêmio de Certificação e Troféu de Responsabilidade Social – Destaque SC. Foram agraciadas 77 organizações, sendo 45 sem fins lucrativos, 27 empresas privadas e cinco empresas públicas.

 

Tendo a sustentabilidade como uma das diretrizes estratégicas e a Responsabilidade Social como ferramenta de gestão que, alinhada aos ODS, norteia diversas ações a FACISC foi uma das entidades agraciadas com a Certificação de Responsabilidade Social da ALESC.

 

A certificação utiliza em seu processo de avaliação o Relatório de Sustentabilidade / Balanço Social das empresas e instituições catarinenses para avaliar as boas práticas por estas realizadas em território catarinense. “Nosso relatório traz um compilado das ações realizadas pela federação nas esferas social, econômica e ambiental, traduzindo nossos valores de governança e gestão, é de fato o resultado da dedicação e profissionalismo de cada um que faz parte da Facisc. Por isso este é um reconhecimento para todos os envolvidos”, destacou a coordenadora de projetos especiais da Federação, Adelita Adiers.

 

Sete organizações que obtiverem os melhores desempenhos na certificação foram premiadas com o Troféu Destaque. Promovido pelo Parlamento catarinense e entidades parceiras desde 2011, o certame tem por objetivo prestar reconhecimento às instituições que tenham ações sociais e para preservação do meio ambiente incluídas em suas políticas de gestão, destacou Ana Carolina Rocha, que preside a Comissão Mista de Certificação de Responsabilidade Social, encarregada de analisar os balanços das empresas participantes.

 

Na categoria Organizações sem Fins Lucrativos, o troféu foi para Fundeste – Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste, de Chapecó, e para o Bairro da Juventude dos Padres Rogacionistas, de Criciúma. Entre os empreendimentos do segmento de Comércio, Serviço e Turismo a premiação foi para a GR Soluções Ambientais, de Canoinhas (pequeno porte); Bontur Bondinhos Aéreos Ltda., de Balneário Camboriú (médio porte); e Prosul – Projetos, Supervisão e Planejamento, de Florianópolis (grande porte). Já na categoria Indústria de Grande Porte, o reconhecimento foi para Irani Papel e Embalagem S.A, de Irani.

 

Para marcar os dez anos da Certificação de Responsabilidade Social, foi fortalecido o slogan “Uma Atitude de Valor Catarinense” e sua logomarca, que representa a relação entre os elementos sociais, econômicos e ambientais de nosso Estado. Este ano, devido à pandemia da Covid-19, a premiação foi totalmente on-line e as certificações e os troféus serão enviados a todos os vencedores pela Alesc.

 

Integram a Comissão Mista junto à Assembleia Legislativa outras 10 organizações: Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio), Federação dos Contabilistas do Estado de Santa Catarina (Fecontesc), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SC), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS-SC), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), OAB-SC e Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

 

 

CLIQUE e confira as lista completa das empresas e entidades certificadas pela Alesc.

Fonte: Agência AL

Sistema Facisc amplia compromisso com a sustentabilidade

Cientes do seu papel como agentes de transformação local, as Associações do Sistema FACISC têm se engajado cada vez mais em questões ligadas à sustentabilidade e posicionando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Um desses compromissos tem sido a adesão ao Movimento Nacional ODS Santa Catarina.

O movimento foi criado em 2009 e em 2011 a Federação se tornou signatária. Atualmente 12 entidades do Sistema já fazem parte do movimento, além dos Conselhos Estadual da Mulher Empresária (CEME) e dos Jovens Empreendedores (CEJESC).

Movidas pela possibilidade de contribuírem para o alcance dos indicadores e metas dos ODS da Agenda 2030 e assim colaborar com o desenvolvimento sustentável das suas regiões, as entidades têm desempenhado importante papel na disseminação dos ODS no meio empresarial. “A adesão das entidades é reflexo do aumento da consciência do papel transformador que as entidades podem ter no desenvolvimento sustentável local e certamente é algo muito positivo para os empresários catarinenses”, destaca Gilson Zimmermann, superintendente institucional da Federação e atual coordenador geral do Movimento ODS/ SC.

 

Participação ACIRNE

O motivo de participarmos do Movimento ODS Santa Catarina é apresentar a ACIRNE junto à comunidade rio-negrinhense, as boas práticas formatadas pelos objetivos do desenvolvimento sustentável. Acreditamos que é importante consolidar os atos praticados em favor da responsabilidade social em formas de ODS.

 

Sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são compostos por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.

A agenda prevê ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.

Em Santa Catarina o Movimento atua desde 2009 e conta com mais de 660 signatários; em 65 Municípios; articulados em 12 comitês; representados por Pessoas Físicas, Organizações de Classe, Organizações da Sociedade Civil, Instituições de Ensino, Empresas e Poder Público.
Mais informações sc.movimentoods.org.br 

Sancionada lei que obriga ao Estado adotar medidas para repactuar metas firmadas em 2020

Empresas que oferecem produtos com benefícios fiscais não perderão o incentivo por não cumprirem as metas estabelecidas pelo estado. Foi sancionada lei que suspende temporariamente essa exigência, no exercício de 2020, por conta da crise econômica causada pelo coronavírus. A proposta do deputado Milton Hobus recebeu o apoio da Federação das Indústrias (FIESC), e estabelece que os empreendedores para manterem Tratamentos Tributários Diferenciados (TTDs) deverão mostrar uma declaração apontando as perdas econômicas. Além disso, a lei obriga que o Estado adote medidas para repactuar as metas firmadas em 2020.

“A medida é oportuna e necessária para não penalizar ainda mais as atividades produtivas do estado e permitir, com a maior brevidade, a retomada do crescimento econômico. Por isso, a proposta teve o apoio da FIESC”, diz o presidente da entidade, Mario Cezar Aguiar.

“Vimos que a pandemia e as paralisações das atividades trouxeram um enorme impacto para a economia catarinense, principalmente na geração de emprego. Não é justo que, neste ano, as empresas com TTDs sejam obrigadas a cumprir os compromissos. Temos que assegurar a sobrevivência delas e, consequentemente, os empregos e a renda dos catarinenses”, destaca o deputado. Ele acrescenta que a lei vai diminuir os efeitos da suspensão de todas as atividades lá no início de março, quando o estado fechou somente em abril e maio 95 mil postos de trabalho, além de pequenas empresas que encerram as atividades.

As empresas com TTDs cumprem uma série de requisitos, como manutenção de empregos, geração de postos de trabalho, pagamento de salários, investimento e ampliação dos negócios. A suspensão também se aplica às metas constantes de atos concessivos outorgados com base nas normas relacionadas no anexo 1 da lei 17.763, de 2019, alterada pela lei 17.877, do mesmo ano, a exemplo do Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec).

 

FIESC

Em reunião com prefeitos, Governo do Estado define novas medidas para enfrentamento da Covid-19

Após se reunir com representantes da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), o governador Carlos Moisés decidiu nesta quarta-feira, 2, adotar novas medidas restritivas para enfrentamento da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina. Em comum acordo com os prefeitos das 21 maiores cidades do Estado, optou-se pela implementação de um toque de recolher durante a madrugada e pela manutenção do transporte coletivo, desde que seja respeitada uma ocupação máxima de 70% da capacidade dos ônibus. As medidas valerão para todo o Estado por um período de 15 dias a partir edição do decreto, que deverá ser publicado em até 48 horas.

 

Também será tornado obrigatório o uso da máscara em todos os ambientes, com exceção dos espaços domiciliares. Segundo o governador, as medidas têm o objetivo de frear o avanço da doença ao mesmo em que mantêm as atividades econômicas do Estado em funcionamento. Medidas semelhantes foram adotadas nos estados do Paraná e doRio Grande do Sul. Em relação ao comércio, prefeitos e Governo do Estado deliberaram pela possibilidade de ampliação dos horários de atendimento no fim de ano, para não promover aglomerações.

 

Na parte da noite, os estabelecimentos deverão fechar as portas até as 23h, com a possibilidade de atender os clientes que já se encontrarem no recinto até meia-noite.

 

“Essas medidas têm a intenção de mostrar para a sociedade que estamos em um momento de agravamento do risco. Tomamos a decisão com base em um amplo diálogo com os prefeitos. Tivemos uma reunião extremamente produtiva e definimos ações conjuntas, que valem para todo o Estado e pretendem frear o avanço da doença”, afirmou o governador.

 

Também participaram da reunião os secretários estaduais da Saúde, André Motta Ribeiro, da Administração, Jorge Eduardo Tasca, da Fazenda, Paulo Eli, o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, além de representantes do Conselho dos Secretários Municipais da Saúde (Cosems) e do Ministério da Saúde.

 

Durante o encontro, realizado de forma virtual, os prefeitos destacaram a necessidade de uma ação conjunta a nível estadual. Eles lembraram a alta taxa de contágio no momento e dos mais de 30 mil casos ativos no Estado. As autoridades destacaram que as medidas se fazem necessárias diante da pressão sobre o sistema hospitalar.

 

Também nesta quarta-feira, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, divulgou a nova classificação da Matriz de Risco, que coloca 15 das 16 regiões de saúde em alerta gravíssimo. Apenas o Extremo Oeste segue em nível grave. Em relação à última semana, subiram de nível as regiões do Alto Uruguai e Foz do Rio Itajaí. A taxa de transmissibilidade apresenta-se como gravíssima em 14 regiões.

 

Ainda de acordo com a Matriz, apenas as regiões do Planalto Norte e Extremos Oeste não tiveram um aumento no número de óbitos. No índice de capacidade de atenção, que mede a taxa de ocupação de UTIs, vale destacar a elevação da região da Foz do Rio Itajaí, que na última semana estava como moderado (cor azul) e agora encontra-se no nível gravíssimo (cor vermelha).

 

 

Reuniões de alinhamento

 

O Governo do Estado vem realizando uma série de reuniões para fortalecer as ações de combate à pandemia junto aos municípios. A Política Hospitalar Catarinense (PHC) foi prorrogada – em teto máximo – por mais 10 meses.

 

Desde o dia 24 de novembro, data de divulgação da última matriz, Santa Catarina registrou 46.545 novos casos e 325 óbitos causados pela Covid-19.

 

sc.gov.br

CooperAlfa se instalará em Rio Negrinho

Ainda no primeiro semestre de 2021 a CooperAlfa contará com uma nova filial em Rio Negrinho. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo supervisor de filiais da cooperativa, Alcidir Andolfato, durante visita ao gabinete do prefeito Julio Ronconi. Além de uma agropecuária completa, a CooperAlfa construirá na cidade uma unidade de recebimento de grãos, que atenderá a sete municípios da região.

 

Durante a reunião, Alcidir destacou o empenho do prefeito Julio Ronconi para que a cooperativa viesse para a cidade. Ele lembrou que além de outros contatos, há quatro meses Julio, acompanhado do empresário Renato Münch (presidente da Câmara Técnica da Indústria e Comércio, do programa de Desenvolvimento Econômico Local – DEL), estiveram em Chapecó entregando um plano de atração de empresas para Rio Negrinho. “Essa visita do Julio e do Renato foram fundamentais para a CooperAlfa vir para Rio Negrinho”, observou Alcidir.

 

O supervisor informou ainda que a cooperativa já adquiriu um terreno às margens da BR 280, no acesso à empresa Battistella, onde instalará uma unidade de recebimento de grãos, com secador e silo. A área adquirida compreende um total de 60 mil metros quadrados e terá capacidade para atender sete municípios da região. “Essa unidade beneficiará não só Rio Negrinho, mas toda a região. E toda a renda ficará na cidade”, explicou Alcidir.

 

Para a instalação do silo, cujo projeto começou a ser elaborado, deverão ser investidos em torno de R$ 30 milhões, e a previsão é de faturamento anual de R$ 70 milhões. “Será uma unidade moderna, para atender aos agricultores da região” explicou Silvio Moterle, que é gerente da unidade de Mafra e que também esteve presente na visita a Rio Negrinho.

 

Agropecuária completa

Além da cerealista, a CooperAlfa instalará em Rio Negrinho uma agropecuária completa, com insumos, sementes, fertilizantes, entre outros. Ela ficará localizada no acesso ao bairro Industrial Norte, e o galpão já foi alugado. “Nossa previsão é inaugurar essa loja até abril. Já estamos vendo todo o mobiliário necessário”, explicou Alcidir. Nessa unidade, a previsão é que 12 empregos diretos sejam gerados inicialmente. “Já considerando toda a equipe de assistência técnica”, complementou Alcidir.

 

Para o prefeito Julio Ronconi, é uma grande satisfação receber uma empresa do porte da CooperAlfa em Rio Negrinho. “Já vínhamos mantendo contato há mais de um ano e há quatro meses fomos à Chapecó, na sede da empresa, formalizar a carta de intenções de Rio Negrinho”, explicou ele, que na viagem foi acompanhado do empresário Renato Münch. “O Renato nos ajudou bastante nesse processo, e quero agradecer a ele também pelo empenho”, frisou o prefeito, lembrando que o empresário é presidente da Câmara Técnica da Indústria e Comércio do DEL.

 

Julio lembrou ainda da importância de uma cerealista para Rio Negrinho. “Ela será um grande avanço para o agronegócio não só da nossa cidade, mas de toda a região. Hoje os agricultores tinham que levar sua produção para Mafra e, com a cerealista aqui, isso não será mais necessário. Sem contar em toda a movimentação econômica que a cidade passará a contar”, destacou o prefeito. A visita ao gabinete contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Vereadores Luciano Alves, e do secretário de Desenvolvimento Econômico Roger Marcondes Carvalho.