Trabalhadores usam saldo do FGTS inativo para pagar dívidas, revela pesquisa da Boa Vista SCPC

25 de julho de 2017



Na próxima segunda-feira, dia 31 de julho, a Caixa Econômica Federal encerra o prazo para o pagamento do saldo inativo do FGTS ao trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015. Por este motivo, quem tem direito e ainda não efetuou o saque não pode perder tempo.

Entre os que sacaram, uma pesquisa da Boa Vista SCPC identificou que, com o dinheiro do saldo inativo do FGTS em mãos, 21% dos trabalhadores priorizaram o pagamento da fatura do cartão de crédito em atraso. Outros 16% optaram por pagar as contas de concessionárias, como água, luz, gás. 10% arcaram com o pagamento de empréstimo pessoal e consignado, assim como outros 10% que quitaram dívidas com o cartão de loja.

Ainda de acordo com a pesquisa da Boa Vista, do total dos trabalhadores entrevistados, 52% afirmaram ter direito ao saque de recursos das contas inativas do FGTS. Destes contemplados, antes do saque, 57% tinham em mente o pagamento de dívidas como o principal destino do recurso extra do Fundo de Garantia. Outros 17% pretendiam guardar o dinheiro e 11% antecipar o pagamento de contas e outras dívidas não atrasadas.

Na prática, não só os que afirmaram que pagariam dívidas, mas também os que disseram que fariam algo diferente, como fazer compras, poupar ou antecipar o pagamento das contas não atrasadas, usaram o recurso extra para quitar dívidas já vencidas (91%). Outros 3% pouparam; 2% anteciparam contas não atrasadas e 3% se dividiram entre compras de produtos e serviços, entre outras finalidades.

Mesmo com a intenção de pagar as contas atrasadas, como a maioria fez, apenas 14% dos trabalhadores conseguiram quitar todas as dívidas em atraso usando o saldo inativo do FGTS. Das contas que ficaram pendentes, o cartão de crédito representa 25%, empréstimo pessoal/consignado (12%), cartão de loja (10%), crediário (9%), contas de concessionárias (8%) e cheque especial (8%).

Feito o saque e o pagamento das dívidas atrasadas, 74% dos consumidores entrevistados pela Boa Vista conseguiram reassumir em parte ou totalmente o controle das finanças, em função do saque providencial do recurso inativo do FGTS. Para 26%, entretanto, o valor sacado não foi suficientepara que pudessem ficar com as finanças pessoais em dia.

A Boa Vista também quis saber qual a opinião dos 48% dos entrevistados que disseram não ter direito ao resgate do saldo inativo do FGTS. Destes, 61% afirmaram que, em primeiro lugar, pagariam as dívidas, caso tivessem direito ao saque. Já 17% poupariam e 12% antecipariam o pagamento de contas não atrasadas, como crediário, prestação da casa ou do carro.

 

Fonte: BOA VISTA SCPC