Badesc anuncia novos recursos para micro, pequenas e médias empresas em reunião da Facisc

O Badesc anunciou em live da Federação das Associações Empresariais de SC – Facisc – que reuniu empresários nesta quarta-feira, 6/5, a ampliação de recursos para as empresas catarinenses. Segundo o presidente do Badesc, Eduardo Machado, através do BNDES serão liberados mais recursos, assim como pelo Finep e de fontes internacionais. Serão aproximadamente R$ 100 milhões do BNDES, R$ 20 milhões do Finep, R$ 20 do Fungetur (Ministério do Turismo) e R$ 200 milhões de fontes internacionais. Além disso, o Badesc continua buscando outras fontes para atender o empreendedor catarinense.

Além do presidente do Badesc, participaram, Jonny Zulauf, presidente da Facisc e representante da Garantenorte, Carlos Eduardo de Liz, presidente da Associação Empresarial de Lages e conselheiro do Banco da Família, Jeter Reinert Sobrinho – presidente da Associação Empresarial da Associação Empresarial do Médio Vale do Itajaí de Timbó (Acimvi), e Gilson Zimmermann, superintendente Institucional da FACISC.

Segundo Eduardo Machado, nos primeiros dias o Badesc liberou uma linha de crédito de 50 milhões. “Tivemos 380 milhões de solicitações, 3.600 empreendedores procuraram para alcançar os recursos”. O Badesc analisou os pedidos por prioridade de data e horário do e-mail recebidos. “As solicitações recebidas do dia 21/3 até dia 27 e 28/3 completaram os 50 milhões”, explicou sobre o atendimento aos empresários. O presidente do Badesc disse que tem certeza que 50
milhões de reais é abaixo do que os empreendedores precisam mas é o recurso disponível que o Badesc tinha e colocou a disposição da forma mais célere que podia”.

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, disse que há um clamor dos empresários no sentido de que haverá um dinheiro disponível para qualquer necessidade mas a Facisc entende os procedimentos. Ele também explicou que a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) tem uma equipe de trabalho pesquisando linha de créditos pra atender às necessidades do mercado.

Segundo pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril.pesquisa A maioria (60%) dos donos pequenos negócios que já buscou crédito no sistema financeiro desde o início da crise do Coronavírus teve o pedido negado. E ainda há bastante desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões (29% não conhecem as medidas oficiais e 57% apenas ouviu falar a respeito). “Não é só questão de anunciar e sair contratando, precisa cumprir todas as normativas. A Facisc está buscando as informações sobre as informações financeiras que estão sendo feitas com dinheiro do contribuinte”, explicou Zulauf.

Zulauf explicou que no Brasil há um desvirtuamento da movimentação financeira que tem mais de 80% dos capitais disponíveis para o mercado, sendo que dois deste são públicos. “O Brasil tem um dos custos mais caros de operações financeiras do mundo. Uma das bandeiras da Facisc é lutar pelo acesso não apenas para as empresas mas para toda a sociedade”.

 

Outras formas de acesso ao crédito
As Sociedade Garantidoras de Crédito foi outra forma exposta na live como acesso ao créditos para empresas. Segundo Zulauf, que também preside a Garantenorte, o estímulo do Sebrae nacional, que aporta fundo de aval para as sociedades garantidoras, é uma demonstração de como estas instituições são sérias. “As sociedades ajudam empresas que precisam começar e não tem garantias. A garantia é oferecida pela sociedade”. O exemplo vem de países da Europa e SC tem dois exemplos fortes de prestação de aval, no Chapecó e em São Bento do Sul. A Acate fez um aporte para seus associados, as associações empresariais da região do Planalto Norte também fizeram avais para seus associados. “Já emprestamos mais de 7,2 milhões a pequenos e micro empresários. Temos associações de outras regiões e cidades na Garantenorte. Ele também destacou que o “não” é a resposta mais interessante de um negócio não aprovado na sociedade. “Porque se não obtém o aval é encaminhado ao Sebrae para construção de um plano de negócios”.

 

Carlos Eduardo de Liz presidente da Associação Empresarial de Lages (Acil) falou também em nome do Banco da Família, que tem parceria com a Facisc para ajudar os pequenos negócios.
“A agilidade de captação de crédito com liberação de recursos emergenciais e taxas negociadas pela Acil são o grande diferencial”. O Banco da Família já concedeu mais de 100 milhões de reais em empréstimos a pequenas empresas.

 

Jeter Reinert Sobrinho, presidente da Associação Empresarial do Vale do Itajaí, alertou que só em tarifas os bancos faturaram 140 bilhões de reais em 2019. “É praticamente o orçamento do Governo para saúde e educação. Precisamos De uma reforma urgente para reduzir o spred bancário”.

Facisc pede ampliação do horário de atendimento do serviço público e bancos

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, participou da reunião Reunião do Comitê Econômico do Governo de SC, na tarde desta terça-feira, 5/5, junto com os presidentes das federações que compõem o Conselho das Federações Empresariais (Cofem). O presidente pediu pela ampliação do horário de atendimento no serviço público para que as pessoas possam ser atendidas mais espaçadas. “Também precisamos que os bancos sigam esta premissa”, pediu. Zulauf também pediu novamente atenção do governo em relação às escolas de idiomas. “Assim como as igrejas podem funcionar com regras, as escolas de idiomas também têm como atender às exigências de distanciamento social”. As feiras empresariais são eventos diferenciados, onde os públicos são cadastrados e controlados. Precisam ser tomadas uma série de providências para que elas venham a ser realizadas no segundo semestre”, destacou.

Zulauf também pediu explicações sobre a questão dos respiradores . Eli disse daqui a duas semanas tenha respostas definitivas. “Gaeco e Polícia Civil estão investigando e teremos em breve uma resposta”, disse o secretário.

Bruno Breithaupt falou da dificuldade de vendas no comércio. Disse que o maior dificultador é o transporte coletivo não ter voltado.

O secretário da Fazenda, Paulo Eli, disse que transporte coletivo está em análise e será avaliado sete dias após a volta de outras atividades. “Os orientadores do Governo de SC disseram que as empresas de transporte já fizeram os protocolos mas ainda não temos liberação”. Eli disse que onde não forem seguidos os protocolos, serão fechados os estabelecimentos.

Segundo o presidente da Fiesc, Mário Aguiar, as indústrias aplicarão os testes de PCR, e se positivo, será separado o colaborador e tratado. “Mas como ficarão os outros colaborares?”, indagou. A ampliação do horário de atendimentos dos bancos para redução das filas também foi questionado por ele. “Hoje funciona das 10 às 14h e não atende o público que é o principal cliente”.

Grupo de gestantes, puérperas e crianças de até 5 anos tem nova data para vacinação

A vacinação contra a gripe que ocorreria sábado (9) no “Dia D” foi cancelada pelo Ministério da Saúde e iniciará a partir do dia 11 de maio. A vacina será para o grupo de gestantes, puérperas e crianças de até 5 anos de idade e, preferencialmente, feita por agendamento.

 

“As gestantes, as puérperas e as crianças com as vacinas em dia, menores de 1 ano, serão vacinadas, preferencialmente, nos domicílios. Estamos organizando conforme a vacina para o idoso. E, os maiores de 1 ano até 5 anos, serão agendados nas unidades de saúde. Tudo isso a partir do dia 11 de maio”, informa a coordenadora da atenção básica Fabiana da Luz.

 

A unidade de Saúde do Jardim Hantschel, que atualmente tem seu atendimento dividido nas unidades da Vista Alegre, do Quitandinha e do São Pedro, também poderão fazer suas vacinas nestas unidades. De acordo com Fabiana, a Secretaria de Saúde também está organizando um “Dia D” específico para a unidade do Jardim Hantschel. “Essa data será anunciada também para a comunidade do local”, explica.

Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe é prorrogada até 5 de junho

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, iniciada em todo o estado de Santa Catarina no dia 23 de março, foi prorrogada até o dia 5 de junho. Além disso, o Dia D de mobilização nacional, que ocorreria no próximo sábado, 9, foi cancelado. Com essas alterações, a terceira e última fase da Campanha começará na próxima segunda-feira, 11, e será dividida em duas etapas.

De 11 a 17 de maio, serão vacinadas crianças de seis meses a menores de seis anos; pessoas com deficiência; gestantes, e puérperas até 45 dias. De 18 de maio a 5 de junho, serão imunizados adultos de 55 a 59 anos e professores das escolas públicas e privadas.

A decisão de prorrogar a campanha por mais duas semanas e cancelar o Dia D foi tomada pelo Ministério da Saúde (MS) em função da atual pandemia do coronavírus e das dificuldades técnicas, científicas e logísticas encontradas neste momento.

A gerente de imunização da secretaria de saúde de Santa Catarina, Lia Quaresma Coimbra, reforça a importância da vacinação. “A vacina contra a gripe não imuniza a população dos grupos prioritários contra o coronavírus, mas ajuda no diagnóstico da Covid-19, tendo em vista que os sintomas das duas doenças são bem parecidos”, esclarece.

Para evitar aglomerações nos postos de vacinação durante a Campanha, o Estado recomendou que os 295 municípios catarinenses adotassem medidas de higiene e prevenção, como descentralização da vacinação, disponibilização de álcool em gel para utilização dos profissionais da saúde e da população, máscaras para quem apresentar algum sintoma gripal e ampliação do horário de atendimento para que não haja aglomeração nos postos. Com base nisso, os municípios desenvolveram estratégias próprias como, por exemplo, vacinação em domicílio, praças, escolas, drive-thru, entre outras.

Grupos prioritários e fases para a vacinação 

Fase 1 Público-alvo Estimativa de vacinação Vacinados
Idosos com 60 anos ou mais 670.228 779.489
Trabalhadores da saúde 134.793 122.410
Fase 2 Forças de segurança e salvamento 9.563 12.614
Pessoas com comorbidades 490.452 182.067
Jovens sob medidas socioeducativas e privados de liberdade 16.400 6.534
Funcionários do sistema prisional 3.981 2.123
Caminhoneiros 145.893 17.634
Trabalhadores portuários 4.277 1.742
Motoristas e cobradores de transporte coletivo 17.961 3.168
Povos indígenas 11.459 3.954
Fase 3 –
etapa 1
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos 471.184
Pessoas com deficiência 221.726
Gestantes 71.524
Puérperas (até 45 dias após o parto) 11.752
Fase 3 –
etapa 2
Adultos de 55 a 59 anos 303.203
Professores de escolas públicas e privadas 76.775
TOTAL   2.661.171 1.131.735

*Fonte: SIPNI/DATASUS/MS. Dados atualizados às 13h do dia 4 de maio de 2020.

Casos de gripe em Santa Catarina

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina nesta segunda, 4 de maio, até o momento, o estado confirmou 37 casos de gripe (influenza) em 2020. Destes, 18 pelo vírus A (H1N1), 1 pelo vírus A (H3N2), 6 Influenza A subtipagem em andamento e 12 pelo vírus Influenza B.

Os municípios com casos confirmados são: Florianópolis e Itajaím com quatro casos cada; Chapecó e Lages, com três casos cada; Balneário Camboriú, Guaramirim e Indaial, com dois casos cada; Biguaçu, Braço do Norte, Campos Novos, Concórdia, Corupá, Ibirama, Imbituba, Jaraguá do Sul, Joinville, Navegantes, Palhoça, Rio do Sul e Rio Negrinho, com um caso cada; além de quatro casos de pacientes provenientes dos estados de Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Do total de casos, dois morreram por gripe. Um homem, de 31 anos, morador de Lages, e outro de 81 anos, morador de Matinhos/PR, com notificação em Balneário Camboriú.

Novas dose recebidas

Santa Catarina recebeu nesta segunda-feira, 4 de maio, mais duas remessas, com 432.200 doses da vacina contra a influenza (gripe). As gerências de saúde de Florianópolis e Itajaí já receberam as novas doses. As demais vão receber no decorrer da semana. Com mais essas remessas, já chegaram a Santa Catarina 2.206.200 doses, totalizando 82% de todo o quantitativo necessário para imunização da população dos grupos prioritários.

Histórico de recebimento de doses

1ª remessa (16/03): 307.600
2ª remessa (23/03): 156.000
3ª remessa (26/03): 228.000
4ª remessa (02/04): 173.600
5ª remessa (08/04): 164.000
6ª remessa (14/04): 140.000
7ª remessa (16/04): 148.000
8ª e 9ª remessas (20/04): 304.000
10ª remessa (30/04): 152.800
11ª e 12ª remessas (04/05): 432.200

Sebrae integra “Compre do Pequeno” ao #StartupsVsCovid19 para buscar soluções para pequeno negócio

O Sebrae, em parceria com o movimento #StartupsVsCovid19, disponibiliza a partir desta terça-feira (05/05), uma vitrine digital com soluções e negócios inovadores para ajudar os pequenos negócios mais afetados pela crise provocada pelo coronavírus. Nesta primeira fase do projeto, aproximadamente 220 startups, que já participam do movimento, foram selecionadas para ganhar o selo da campanha “Compre do Pequeno”.

A proposta da parceria é mapear startups e outros negócios inovadores com capacidade de oferecer soluções prontas para que as micro e pequenas empresas enfrentem os desafios impostos pela pandemia, principalmente aquelas mais tradicionais, que não possuem caixa para se sustentar por muito tempo com as portas fechadas e não possuem tecnologia para modificar as fontes de receita rapidamente.

Dentre os principais segmentos atingidos pela crise, destacam-se: varejo e atacado, construção civil, moda, beleza, automotivo, educação, turismo, transporte e mobilidade, entre outros. A seleção das startups leva em consideração as áreas estratégicas para esses segmentos, como vendas online, marketing e comunicação digital, finanças, gestão de pessoas, gestão de fornecedores, gestão de processos e controle, trabalho remoto, delivery e logística de entrega, cuidados com saúde e higiene e educação.

O movimento #StartupVsCovid19 é uma iniciativa do Instituto Gonew, que tem se fortalecido com diversos apoios, como o da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes). Além de apresentar soluções que ajudem a mitigar direta ou indiretamente os efeitos da doença, também pretende fomentar a inovação e a criação de soluções. De acordo com os organizadores, neste momento, mais do que nunca, precisamos pensar coletivamente e ter empatia em unir iniciativas de forma coordenada.

 De acordo com o analista do Sebrae Arthur Coelho, ações que promovam a união do ecossistema de inovação para o enfretamento do Covid-19 são cruciais neste momento. Segundo ele, os diversos atores envolvidos colaboram com o que sabem fazer de melhor. “O Sebrae possui grande capilaridade no Brasil e enxerga uma oportunidade de ampliar o alcance do movimento #StartupsVsCovid19 que vem crescendo”, contou.

Sebrae

Campanha incentiva aplicação de parte do imposto de renda a projetos sociais

A Receita Federal postergou até o dia 30 de junho o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda este ano. A Campanha IRPF do Bem, promovida pelo Fundo Social da FIESC, incentiva quem faz a declaração do imposto de renda no modelo completo a destinar 3% do seu imposto devido ao Fundo da Infância e da Adolescência (FIA). O doador pode escolher o município para o qual quer destinar sua colaboração, e assim favorecer que mais recursos fiquem nos projetos sociais locais.

O Fundo Social integra a área de responsabilidade social do SESI e SENAI e tem como foco impulsionar o uso dos incentivos fiscais em Santa Catarina.

 

FIESC

Associativismo como remédio

2020 começou com a promessa de um ano promissor. Pós-crise financeira e regado de otimismo. Mas um acontecimento de grandes proporções mudou os rumos do ano. A pandemia do coronavírus desnorteou tudo aqui que havíamos planejado.

 

Medidas econômicas foram tomadas pelos governos na esfera municipal, estadual e federal,  e representaram uma ajuda ao setor produtivo. Todavia, uma ajuda. O problema também não está nos tributos, que só representam parte do prejuízo. Muitos enfrentam dificuldades de sobrevivência, e precisamos pensar juntos no pós-coronavírus, pois não existem soluções milagrosas. Outra preocupação da Federação está no acesso aos financiamentos. A grande preocupação está centrada nos empresários de micro e pequenas empresas que tiveram suas atividades paralisadas. Esses empreendedores em geral não têm recursos disponíveis como reservas para contingências e situações como esta. Razão pela qual há uma angústia muito grande desse empresário para este fim. Mesmo que instituições financeiras estejam apresentando propostas  de empréstimos, de capital de giro, e outras modalidades, a maioria deles tem dificuldade de acesso a essas linhas, ou não tem muita atividade, ou não tem garantia, ou não tem tradição de relacionamento com entidades financeiras. Essa é a angústia que realmente vai gerar consequências muito sérias e muito graves.

 

Um elixir que ajuda também em momentos como este é o associativismo. O mesmo associativismo que nasceu com a colônia portuguesa  no Brasil e que guardadas as devidas proporções, os nossos propósitos continuam os mesmos: lutamos pelo desenvolvimento e pelo crescimento das nossas cidades, estados e País. Unimos empresários que eram concorrentes e que depois de conhecerem o Programa Empreender, passam a trabalhar juntos pelo bem do setor que atuam. Isso é o associativismo na prática. Isso mostra o quão importante é este movimento para o crescimentos das nossas cidades. É toda esta união, trabalhada há mais de 500 anos, que é necessária para este momento que vivemos. Neste dia 30 de abril em que é comemorado o Dia do Associativismo, não poderíamos deixar de falar da importância deste segmento para o desenvolvimento socioeconômico.

 

Santa Catarina, com toda a sua pujança e capacidade produtiva, já se mostra como potencial propulsor a sair da crise em um processo mais breve. É a união de 148 associações empresariais através da Facisc, que juntas representam mais de 35 mil empresas catarinenses, engajadas voluntariamente ao Sistema, que faz com que essas associações sejam verdadeiros agentes de transformação e de mudança em cada uma das nossas cidades.

 

Jonny Zulauf

Presidente da Facisc

Confira a seguir o vídeo com a mensagem especial do presidente Jonny Zulauf.

Governo do Estado renova decreto com medidas de isolamento social

O governador Carlos Moisés anunciou nesta quinta-feira, 30, que renovará por tempo indeterminado o decreto que estabelece medidas de isolamento social em Santa Catarina. Com isso, seguirá proibido de circular o transporte coletivo, seja municipal, intermunicipal, interestadual ou internacional. Aulas presenciais, eventos com aglomeração de público, cinemas, teatros, casas noturnas e o calendário esportivo também continuam suspensos, sem data para retorno. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) na noite desta quinta.

 

De acordo com Carlos Moisés, as medidas de isolamento social surtiram efeito em Santa Catarina, com uma redução da velocidade de contágio. Ele pediu a colaboração da população para manter o alerta com as medidas de prevenção individuais.

“Tivemos um resultado muito positivo. Poderíamos estar com centenas de mortes, caso anda fosse feito. Houve o achatamento da curva, ao contrário do que afirmam algumas autoridades. Nosso Estado adotou as medidas no momento correto, mas não podemos relaxar”, afirma Carlos Moisés.

 

sc.gov.br

Comandante Araújo Gomes fala do papel da PM em live da Facisc

A Facisc – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina realizou nesta quinta-feira, 30/4, uma reunião com o Comandante Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Araújo Gomes. O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, o diretor e Articulação Estratégica, Paulo Mattos, o assessor jurídico, Murilo Gouvêa dos Reis, e o superintendente Institucional, Gilson Zimmermann. O tema da live foi o papel da Polícia militar na crise da Covid-19.

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, enalteceu o trabalho da polícia militar catarinense em todo a estratégia realizada em Santa Catarina. “O papel das forças de segurança no nosso estado foi muito alinhado com o empresariado e esta integração precisam ser ressaltados por todos”.

O diretor de Articulação Estratégica da Federação, Paulo Mattos, ressaltou a importância da união da área pública e da iniciativa privada. “Estamos em um momento de disruptura. Só temos a aprender com todas as ferramentas que nos foram impostas. A integração fará a diferença neste momento em que o mundo todo passa”.

Cel. Araújo Gomes falou da convergência em comemorar a parceria que não vem em decorrência da crise, mas de muito tempo. “Reforçamos a parceria entre o meio empresarial e a polícia militar. Já trabalhamos juntos em prol do desenvolvimento sustentável muito antes da crise. Agora com ela vemos que ações pré-planejadas e ações rápidas dão forças a essa parceria”.

Comandante Gomes falou sobre as ações que começaram há alguns meses quando a pandemia começou a ser uma realidade na América do Sul. “Quando o risco se tornou realidade aqui, vimos que o lockdown era a única forma viável recomenda pelas autoridades em ciência e saúde”. Foram estabelecidas duas frentes de atuação: a primeira crise é logística. Com a alta taxa de letalidade e transmissão, tínhamos que fazer o achatamento da curva. Na outra frente aproveitar o achatamento da curva e investir no tempo de capacidade de resposta”. O papel da Polícia Militar entra justamente na questão de logística e todas as estratégias para entender e conter o vírus. “Trabalhamos com o isolamento social que justamente entra com regras rigorosas para depois acontecer a liberação. Que não foi feito em alguns países e geraram muitas perdas”. O cumprimento das normas foi justamente o papel da PM.

A Polícia Militar pegou um conjunto de normas e “traduziu” como forma de levar informação e ação racional do policial na ponta. As fiscalizações foram feitas por CNAE. “Com isso conseguimos ter uma análise dos setores que estavam cumprindo as normas”. Cada vez que tinha que decidir se algum setor poderia ser liberado ou não, foi analisado pelos CNAES. No aplicativo da PM o cidadão pode ver por CNPJ se está liberado ou não e como pode funcionar.

Já o isolamento social foi medido pela geolocalização dos aparelhos de celular através de aplicativos que acessam a localização dos aparelhos. “Com isso conseguimos ver os impactos das liberações. Os dados são carregados diariamente”. Nesta quarta-feira, 29/4, houve uma queda de 9% no isolamento em relação à quarta-feira, dia 22/4.

A terceira ação foi que, quem fosse para a rua cumprisse as regras, que os estabelecimentos cumpram os decretos. “Desde o dia 23/4, quando começou as fiscalizações com estas premissas, foram feitas 14 mil visitas, cerca 1,6 mil fiscalizações por dia em Santa Catarina”.

O comandante Gomes destacou que as primeiras visitas tem sentido orientativo. Se uma hora depois o policial voltar e estiver ainda descumprido pode ser interditado. E se ainda sim o estabelecimento descumprir a interdição responderá judicialmente, tanto com multa tanto com sanções ou punições a quem não cumprir as normas”.

Na prática a PM está para mediar as duas pontas: segurança e saúde. “Esta é uma guerra ombro a ombro com a comunidade. Vamos fiscalizar e orientar no sentido de ajudar”.

Cel. Araújo Gomes falou que o maior desafio é que não adianta convencer o Estado e nem burlar. “Temos que ajudar porque quem precisamos vencer é o vírus”. O número de denúncias que a Polícia Militar recebe mostra que o cidadão quer que o Estado seja forte e resolva o problema. Nesta fase de cumprimento das normas o número inconformidades é muito baixo. “Nossas ferramentas de inteligência deram embasamento para a tomada de decisões e se vier a piorar teremos que tomar providências mais duras”, destacou.

O comandante disse que SC não tem comparação com outros estados porque está muito à frente dos outros. Acertamos bastante, mas também erramos bastante”.

Sobre a proteção dos policiais, o comandante Araújo Gomes disse que a primeira estratégia foi isolar um contingente e mandar pra casa. Os policiais estão fazendo rodízio de 14 dias. Segunda estratégia foi diagnóstico precoce com plantões de médicos 24h, auferindo temperaturas. E a terceira passando procedimentos de cuidados e regras de conduta.

Já sobre o isolamento cel. Araújo Gomes destacou que foto de hoje impacta nas medidas de duas semanas atrás e as medidas que tomadas hoje só terá impactos daqui duas semanas. Ontem em Santa Catarina o percentual de isolamento chegou a 46,05%. “Representou em relação ao início da semana uma queda de 12,64%. Cada ponto percentual significa 70 mil pessoas que estão em movimentação por mais de três horas”.

FIESC discutirá New Deal para SC pós-coronavírus, no próximo dia 8

AGENDE-SE:
O quê: 
live com grandes nomes da indústria para debater o pós-crise
Quando: no dia 8 de maio
Horário: das 9h às 12h
Onde: em transmissão no YouTube da FIESC
Inscrições: são gratuitas. Clique aqui e confirma sua presença

Dentro da programação alusiva aos 70 anos da Federação das Industrias (FIESC), no dia 8 de maio, a entidade vai reunir um grupo de presidentes de empresas do estado que são referência em seus setores. Fazendo referência ao plano de recuperação econômica dos Estados Unidos após a Grande Depressão dos anos 1930, o Fórum Empresarial New Deal SC vai iniciar a discussão de um plano estruturante com estratégias para reinvenção da economia e da indústria do estado. Participarão do debate, que será conduzido pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, João Carlos Brega (Whirlpool), Fernando Cestari de Rizzo (Tupy), Eduardo Sattamini (Engie Brasil Energia), Amélia Malheiros (Fundação Hermann Hering), Harry Schmelzer Jr (Grupo Weg), Eric Santos (Resultados Digitais) e o ex-ministro do Planejamento, Martus Tavares (Bunge Brasil). O evento on-line será transmitido pelo canal da FIESC no Youtube. As inscrições são gratuitas. Clique aqui e confirme sua presença

“O foco do nosso evento é empresarial e queremos lançar uma discussão estratégica sobre o mundo pós-coronavírus, que, certamente, será diferente, inclusive, para ajudar a fundamentar a atuação da FIESC na proposição de estratégias para o estado e o País”, explica Aguiar. “A crise atual evidenciou que é necessário discutir a nossa dependência externa e avançar na reindustrialização do Brasil”, acrescenta.

No dia 16 de março, a FIESC começou uma força-tarefa para combater as ameaças e prejuízos causados pela pandemia do coronavírus. Como parte dessas iniciativas está a Frente Empresarial para Reação Articulada de Santa Catarina contra o Coronavírus (FERA-SC). A iniciativa tem o objetivo reunir empresas, empresários, empreendedores e executivos interessados em compartilhar conhecimentos, implementar ações e liderar iniciativas de enfrentamento à crise, preparando o estado para retomada gradual das atividades e, mais à frente, para recuperação e reinvenção da economia, particularmente da indústria.

“Temos certeza que a contribuição de todos será fundamental para superarmos as barreiras do presente e construirmos um futuro promissor, agregando os aprendizados dessa dura jornada e identificando as oportunidades que sempre surgem em momentos de crise dessa natureza”, finaliza Aguiar.

 

FIESC